A versão Portuguesa da Escala de Avaliação da Aparência de Derriford (DAS-24), é uma adaptação da versão reduzida da Derriford Appearance Scale (Carr, Moss & Harris, 2005) realizada por Moreira e Canavarro em 2007. A DAS-24 é um instrumento com um total de 24 itens respondidos numa escala tipo Likert e 6 questões adicionais, que permitem medir a autoconsciência da aparência. Os 24 itens têm o objetivo de avaliar a forma como o indivíduo se sente e se comporta relativamente ao aspeto que o incomoda, sendo cotados através das seguintes opções de resposta: 1 = Nada, 2 = Ligeiramente, 3 = Moderadamente, e 4 = Extremamente, ou de 0 = N/A (não aplicável), 1 = Nunca/Quase nunca, 2 = Às vezes, 3 = Frequentemente, e 4 = Quase Sempre. As 6 questões adicionais descrevem-se pela questão da existência de algum aspeto da aparência que preocupa o indivíduo, três questões abertas e duas questões que pretendem avaliar até que ponto o aspeto da aparência do indivíduo causa dor/desconforto ou o limita na capacidade física, no seu quotidiano.
A necessidade de instrumentos reduzidos na aplicação de amostras clínicas, levou Mendes e Pereira (2018) a apresentarem uma versão reduzida da DAS-24, sem que fossem colocadas em causa as características métricas da estrutura original.
A DAS-14 apresenta boas propriedades psicométricas quer na população geral, quer na população clínica (diferenças visíveis).
Nota: A utilização da escala, carece da autorização do autor da versão original DAS-24 (Professor Doutor Tim Moss – University of the West of England) e da autora da versão portuguesa (Professora Doutora Helena Moreira – Universidade de Coimbra)
A tradução e adaptação do Inventário de Esquemas sobre a Aparência – revisto, foi realizado por Nazaré, Moreira e Canavarro em 2010 (The Appearance Schemas Inventory – Revised](Cash, Melnyk, & Hrabosky, 2004). O ASI-R é composto por dois fatores (saliência auto-avaliativa e saliência motivacional) e pretende avaliar o investimento esquemático na aparência através de 20 itens de autorresposta, numa escala tipo Likert, com uma cotação que varia entre 1 (Discordo fortemente) e 5 (Concordo fortemente), avaliando os esforços de um indivíduo em manter ou aumentar a sua atratividade física e gerir a sua aparência. Quanto mais elevado for este resultado, maiores são os níveis de investimento esquemático relativos à aparência.
Moss e Rosser em 2012, apresentam a CARSAL/CARVAL, que surge dos instrumentos Center for Appearance Research Salience Scale e Center for Appearance Research Valence Scale. Mendes e Rego em 2018, procedem à tradução e adaptação da CARSAL/CARVAL para a população portuguesa. Esta escala, avalia dois aspetos do auto-esquema da aparência: a medida em que a informação da aparência auto-relevante é trazida à consciência (saliência) e a avaliação emocional do self em relação à aparência (valência). CARSAL/CARVAL é composta por 13 itens de autorresposta, numa escala tipo Likert, com uma cotação que varia entre 1 (Discordo totalmente) e 6 (Concordo totalmente). Pontuações mais altas na CARSAL indicam maior saliência da aparência dentro do autoconceito e na CARVAL indicam uma valência mais negativa na avaliação da aparência.