Aim: The adjustment to facial disfigurement (acquired or congenital) has been researched during the last few years, the objective of this work is to understand the main theories and models used by researchers in the course of their evaluation and intervention on people who show visible differences to their visage. Method: Using the EBSCO, Web of Knowledge, PubMed and Web of Science databases, an advanced research targeting facial disfigurement, theories, models and frameworks, was conducted. Results: The EBSCO, Web of Knowledge, PubMed and Web of Science databases identified 14 articles with the keywords “Facial disfigurement”, “Theory”, “Model” and “Framework”. These articles mention different approaches such as social, psychoanalytical, cognitive, cognitive-behavioural, stress and coping, biomedical and psycho-social. Conclusion: Most articles indicate the cognitive-behaviour theory as the one mostly used for evaluation and intervention on people with facial disfigurement.
Contexto e Objetivo: O desfiguramento facial revela-se um problema quando afeta a criança/adolescente e respetivos familiares. No entanto, apesar de o principal objetivo dos enfermeiros se focar qualidade dos cuidados de saúde, a maioria dos profissionais de saúde carece de competências no cuidado de crianças/jovens com desfiguramento facial. Desconhecidos estudos em Portugal, desenvolveu-se uma análise da literatura com o objetivo de apresentar resultados de investigação e contribuir com reflexões sobre a realização de futuros estudos da contribuição do enfermeiro perante o desfiguramento facial em crianças/jovens. Métodos: Com recurso à plataforma MeSH, validaram-se os descritores: Desfiguramento Facial; Enfermeiros; Emoções, Criança/adolescente e Pediatria; tendo-se procedido à realização de uma pesquisa individual nas bases de dados: CINAHL®;Medline; Nursing & Allied Health Collection;Cochrane Plus Collection; Cochrane Database of Systematic Reviews e MedicLatina, através dos operadores booleanos AND e NOT. Resultados: Num total de 92 publicações, considerando-se 22 duplicadas e 66 publicações não cumpriam os critérios de inclusão, considerando-se somente quatro publicações elegíveis. Discussão e Conclusões: As lesões na cabeça são consideradas as principais causas de mortalidade (trauma) e a Fissura do Lábio Palatino é o desfiguramento congénito mais comum. Contudo ambas afetam a qualidade de vida e a identidade da criança/jovem comprometendo o desenvolvimento biopsicossocial. Os enfermeiros, considerados como profissionais de primeira linha, deverão estar capacitados para aconselhar, apoiar, informar e colaborar com a equipa multidisciplinar, capacitando os pais de estratégias que permitam o acesso ao apoio emocional perante o desfiguramento facial e promovendo uma imagem corporal positiva como componente crítica do cuidar.
We intend to contribute towards a better understanding of the variables that affect the Schematic Investment and Self-consciousness of the appearance of those who suffer from acquired facial disfigurement. The sample consisted of 67 individuals who have been submitted to plastic and reconstructive surgery and completed a questionnaire evaluating the influence of personality traits, optimism, self-concept, emotions and perception of satisfaction with social support, and with the perception of appearance during their admittance to the hospital, and 12 months after the surgery. In both evaluation moments, there were meaningful statistical differences for the variables Neuroticism, Extraversion, Openness, Agreeableness, Conscientiousness, Optimism, Positive and Negative Affect, Self-Concept and Social Support Satisfaction. In both evaluations, Self-conscientiousness of Appearance reveals a positive relationship with the dimension Neuroticism and negative relation with Self-concept. Results reveal that Schematic Investment and Self-conscientiousness of appearance vary in time and that there are variants that influence the psychological adjustment to acquired facial disfigurement. Keywords: personality, self-concept, social support, schematic investment of appearance, self-consciousness of appearance, acquired facial disfigurement
Objetivo: Pretende-se com este estudo, apresentar uma versão reduzida da Escala de Avaliação da Aparência de Derriford (DAS-24) para a população portuguesa. Método: Após análise de seis amostras recolhidas entre os anos 2010 e 2017, num total de 1016 participantes que responderam a questões relacionadas com o investimento esquemático da aparência e autoconsciência da aparência (DAS-24), solicitou-se autorização aos autores da versão portuguesa e versão original da DAS-24 a redução da escala para 14 itens. Resultados: A DAS-14 apresentou um bom índice de consistência interna, quer na amostra não-clínica (α de Cronbach = 0,91), quer na amostra clínica (α de Cronbach = 0,88). A análise fatorial confirmatória apresentou um ajustamento aceitável, quer para a amostra não clínica (χ2/gl = 1,17; GFI= 0,95; CFI= 0,99; TLI= 0,98; RMSEA= 0,028; p[(RMSEA ≤ 0,05) = 0,92], quer para a amostra clínica (χ2/gl = 1,36; GFI= 0,94; CFI= 0,98; TLI= 0,96; RMSEA= 0,047; p[(RMSEA ≤ 0,05) = 0,56]. Conclusões: A DAS-14 apresenta-se psicometricamente robusta na avaliação da autoconsciência da aparência em amostras da população geral e clínica.
A substantial body of research has demonstrated the challenges commonly facing people with visible dif- ferences (disfigurements) and explored the potential benefits offered by specialist psychosocial support and intervention for those who are negatively affected. However, little is known about the availability of such support in Europe for people whose appearance is in any way different to ‘the norm’. This sur- vey of 116 psychosocial specialists from 15 European countries, working with a range of patient groups, has shown a tendency for specialists to prioritise Cognitive-behavioural-based approaches, amongst a wide range of other approaches and interventional techniques. It indicates variations in the availability of support, and a perceived need for improved access to interventions, additional training, and greater awareness of the psychosocial issues associated with visible differences.
Em 2010, o Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE) indicou que anualmente se realizam cerca de 40 000 médias e grandes cirurgias reconstrutiva e estética. Apesar da sua etiologia, justifica-se uma maior dedicação na investigação de indivíduos que por trauma ou doença perderam a sua “identidade” apresentando um desfiguramento facial. Pretende-se com o presente artigo apresentar uma breve contextualização que descreva o desenvolvimento sobre o desfiguramento facial adquirido causado pela doença (cancro cabeça e pescoço) ou originado pelo trauma (queimados, agressão, outros), recorrendo a literatura publicada em livros e artigos científicos, fazendo também referência a instrumentos validados para a população portuguesa que permitem avaliar o investimento da imagem corporal (ASI-R) e avaliar a autoconsciência da aparência (DAS-24). Referenciar as necessidades e questões psicossociais mais comuns, o tipo de intervenção, a importância do apoio social e quais as estratégias de coping mais frequentes no ajustamento ao desfiguramento facial adquirido.
In this literature review we aim to understand the importance of the mirror in the daily life of the individual and understand if the mirror can be used as a strategy, assessment and/or intervention in individuals presenting with facial disfigurement caused by trauma or disease. Resorting to the Psychology and Behavioral Sciences Collection and PsyARTICLES databases, articles that focus on the mirror as therapy were selected. The review suggested that the mirror has been used as a therapeutic strategy, in various contexts (phantom limb pain, substance abuse, hemiplegia, facial paralysis, rehabilitation, dexterity, stroke, body dissatisfaction) with promising results. Recently, a mirror technique has been researched and developed in women who underwent mastectomy, exploring the experience of viewing self in the mirror after surgery (disfigurement). Using the mirror in clinical context is an idiosyncratic and delicate process. The mirror therapy in disfigurement has, recently, focused in the assessment and intervention in women who underwent mastectomy, thus justifying the need to explore this therapy in individuals with facial disfigurement.