No contexto mundial de pandemia (SARS-CoV 2), o uso da internet evidencia-se na gestão global sanitária, aquisição de bens, teletrabalho, tele-ensino/aprendizagem, telemedicina e vinculação social. A internet faz parte do quotidiano dos adolescentes do século XXI – a geração Millennial. Os modos de ser adolescente constituem-se em torno de novas formas de TIC, de gerir tempo, espaço e articular as esferas do íntimo, privado e público, em constante reconstrução. Com os objetivos de compreender nos adolescentes a perceção da escola; analisar os recursos disponíveis e o tempo de utilização da internet e das redes sociais; compreender a perceção das vantagens e perigos da internet; e verificar a existência do cyberbullying, construiu-se um questionário para o efeito (44 questões). A partir de uma amostra de 196 adolescentes, do 3º ciclo, os resultados indicam que os participantes gostam da escola, têm maioritariamente computador portátil pessoal, acesso à internet e página pessoal, e que fora da escola preferem utilizá-los no espaço íntimo do quarto. Não se verificaram diferenças significativas por sexo no uso diário das redes sociais, mas as escolhas são diferenciadas. Reconhecem os riscos e perigos da internet, perante assuntos ofensivos não partilham com ninguém (62%) e publicam fotos e desabafos pessoais. O acompanhamento parental é, predominantemente, inconsistente ou inexistente. Existe o reconhecimento de ter sido vítima de cyberbullying (12.2%). Valoriza-se a educação para a internet.